domingo, 8 de setembro de 2013

Seu dendê


Desde que chegou
A vida é mais doce
Meu poeta de bolso

Devagar, me acostumo
Rapidamente, me solto
Sem pressa, beijo
O lábio macio e mordo

Que é para saber se é real
O pequeno grande cavalheiro
Decidido, insiste
E faz valer cada sorriso

Quero seu dendê
Que apimenta as noites
Alegra as tardes
E colore os dias

Perto de você
O verde dos olhos
Me encanta, ilumina
E dá esperança

sábado, 15 de junho de 2013

Boicote

Resistir e esquecer
Que pior que não querer
É não se permitir sentir

Uma vida de mensagens
Prefere mandar a
Dar profundos beijos
E viver excelentes dias

Toma seu tempo
Enxuga suas lágrimas
Mas, por favor
seja

Que o que mexe com você
É o que te move
E transforma


sábado, 25 de maio de 2013

Matemática da espera


Certo como dois e dois são quatro
que a sintonia fina,
apesar de rara e complexa
desde o início, nos aproxima

Olhares acesos
descobrem juntos
o momento
de relaxar e ir fundo

Entenda, como ter calma
quando o tempo pára
o corpo arde
pelo nosso mínimo multiplicador comum

Meu coração faminto se lambuza
Livre, sem controle
em pratos de sobremesa rasos
da mais rica refeição que alguém poderia querer

E dorme ainda não saciado
indigesto com o pedido
de aguardar o luto
Até quando